REVOLUÇÃO TENENTISTA


A Comuna de Manaus foi um movimento tenentista ocorrido no Amazonas no ano de 1924. O Tenentismo já havia ocorrido em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Pará, entre outros locais. Deflagrada a 23 de julho de 1924, a rebelião dos militares de Manaus situa-se dentro de um quadro geral dos movimentos liderados por militares tenentes que naquele momento formularam críticas ao poder estabelecido, atingindo-o na esfera jurídico-política. Militares que procuraram demonstrar o abuso do poder, por parte dos civis (dos oligarcas que estavam controlando o governo). No caso de Manaus, a oligarquia cujo domínio se contestava, reunia-se em torno do nome de César do Rego Monteiro.
A Rebelião iniciada na capital do Amazonas, logo se estendeu à região de Óbidos, no Pará, local em que se concentraram as operações militares, dada a posição estratégica da cidade e do seu forte. O alvo dessa expansão militar era Belém do Pará, onde as guarnições buscavam unir-se, mas, devido aos imprevistos, os rebeldes ficaram restritos à região de Óbidos, controlando a passagem pelo Rio Amazonas e o governo da capital Manaus até o dia 28 de agosto de 1924, quando ocorre a repressão do movimento, através das forças federais.
Esse registro abaixo eu retirei do livro de Thiago de Mello- Manaus, amor e memória - 1984



Registro de 1924, ano da Revolução Tenentista encetada por Ribeiro Junior. Ela mostra a chegada das tropas federais lideradas pelo General Mena Barreto para combater os revoltosos. Os tenentes que foram comandados por Ribeiro Junior, se transformaram em heróis para a população manauense, que os apoiaram desde o início da revolta. Contando com esse apoio, Ribeiro Junior permaneceu no poder até o dia 28 de Agosto de 1924, quando chegaram a Óbidos e Manaus as tropas do Destacamento do Norte, comandadas pelo general João de Deus M. Barreto. As rebeliões do norte, como era chamado o levante no Amazonas (militares contestando o poder civil estabelecido, buscando uma moralização geral político-administrativa), foram reprimidas após as tropas legalistas terem atacado e vencido São Paulo e Sergipe. O tenente Ribeiro Junior e seus companheiros militares são presos. Ribeiro Junior foi condenado a 1 ano e quatro meses de prisão. Não há resistência por parte de Ribeiro Junior, pois ele queria evitar mais mortes e a chacina dos revoltosos. 
Escritos apoiados nos comentários de Humberto Barata e Ed Lincon. 




Comentários

  1. Gostaria de encontrar mais fotos desse episódio. Você poderia me indicar?

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