GALERIA PLUVIAL HISTÓRICA
CONSTRUÍDA PARA ATERRAR O IGARAPÉ DO ESPÍRITO SANTO
Uma de suas entradas está localizada nos jardins da Matriz de Manaus.
Duas vezes por mês realizamos passeios e mostramos o local exato da entrada da galeria e conversamos pessoalmente sobre essas galerias construídas no final do século XIX
Os registros que estão publicados aqui, foram feitos no ano de 2005 pelo fotografo Chico Batata, quando uma equipe do Corpo de Bombeiros comandada pelo Coronel Almeida, desempenhou a missão de verificar as condições e estrutura das galerias.
Tal inspeção foi solicitada pelo Jornal Diário do Amazonas.
Essas galerias foram construídas com a finalidade de canalizar o igarapé do Espirito Santo.
A história da construção dessas galerias inicia no Governador Eduardo Ribeiro, que desenvolveu o projeto de estabelecer uma Manaus conforme os padrões europeus de civilização, aterrou, canalizou e transformou alguns igarapés da área central em ruas, avenidas e praças.
Além da questão estética (explícita) houve certa preocupação com a saúde da população local.
Porém esse projeto de modernização das ruas de Manaus, foi efetivado no governo de Fileto Pires Ferreira, o qual alegava a necessidade extrema de aterrar os igarapés do centro, pois era desses locais que irradiavam focos de mosquitos transmissores de doenças, entre elas a febre palustre.
Você pode não imaginar, mas a água que sobe e invade as ruas do centro de Manaus, estão apenas tomando o espaço natural delas.
Lista de igarapés que foram aterrados:
Igarapé da Ribeira
Aterro e Espírito Santo
foto Chico Batata
BOMBEIROS MOSTRAM A SAÍDA DA GALERIA
PELO ROADWAY
HOJE TUDO ISSO É ESGOTO, MAS ANTES ERA A ENTRADA PRINCIPAL DO
IGARAPÉ DO ESPÍRITO SANTO
Esse registro demonstra o início do processo
de construção da principal Avenida do Centro de Manaus. O Governador Eduardo
Ribeiro lançou-se na empreitada de estabelecer uma Manaus conforme os padrões
europeus de civilização, aterrou, canalizou e transformou alguns igarapés da
área central em ruas, avenidas e praças. Além da questão estética implícita
nesta, houve certa preocupação com a saúde da população local, tendo-se
iniciado, no governo de Fileto Pires Ferreira (1896-1900), o aterro de igarapés
de onde irradiava o mosquito da febre palustre. Essas obras trouxeram consequentemente,
danos ambientais na medida em que a grande quantidade de solo era escavada da
área do centro histórico da cidade para o aterro dos canais. As águas pluviais
não escoavam e tampouco desaguavam no rio, formando-se os pântanos. Começaram a
surgir críticas às políticas de intervenções, pois tais medidas acarretavam
desequilíbrio ambiental.
IGARAPÉ DO ESPÍRITO
SANTO - AVENIDA EDUARDO RIBEIRO - Esse retrata bem como era o Centro de Manaus
antes do processo de ""embelezamento"" da cidade.
REGISTRO DA ANTIGA
PONTE DA IMPERATRIZ
Construída para ligar
os antigos bairros de Espírito Santo e República, estava situada na área hoje
compreendida como o início da Avenida Eduardo Ribeiro, paralela aos jardins da
igreja da Matriz.
ESSA É A PONTE DA
IMPERATRIZ
1889
Registro da antiga
Ponte da Imperatriz, construída para ligar os antigos bairros de Espírito Santo
e República, estava situada na área hoje compreendida como o início da Avenida
Eduardo Ribeiro, paralela aos jardins da igreja da Matriz.
Essa localização foi toda aterrada e construído o Porto de Manaus.
Essa localização foi toda aterrada e construído o Porto de Manaus.
ENTRADA DO IGARAPÉ DO
ESPÍRITO SANTO E A LINDA IMAGEM DA PONTE DA IMPERATRIZ MANÁOS 1889
Em primeiro plano, a
ponte da Imperatriz sobre o igarapé do Espírito Santo, depois aterrado e que
deu lugar a atual Avenida Eduardo Ribeiro. Notar também o complexo da Booth
Line ainda com antigos sobrados.
IGARAPÉ DO ESPIRITO
SANTO, QUE DEPOIS DE ATERRADO E CANALIZADO TRANSFORMOU-SE NA AVENIDA EDUARDO
RIBEIRO. FOTO DE 1889.
GALERIAS PLUVIAIS
CONSTRUÍDAS NO LOCAL ONDE ERA O IGARAPÉ DO ESPÍRITO SANTO
O projeto de esgotos baseados na
Separate System expostos no salão nobre na associação dos empregados no
comércio é escolhido por ser considerado o mais apropriado às condições topográficas
de Manaus, além de ser mais econômico, porque a cidade já tem um sistema de
galerias que exige apenas uma ampliação e retificação de acordo com a nova drenagem.
Os condutores da rede de esgoto serão de cimento armado e reforçado e o
encanamento de drenagem na parte que passar sob os prédios a esgotar, esse
sistema foi planejado para atender 60 mil habitantes naquele período, atendendo
principalmente as localidades mais populosas.
IGREJA DA MATRIZ
IGARAPÉ DO ESPÍRITO
SANTO
Avenida Eduardo
Ribeiro. Registro de Augusto Felippe Fidanza em 1885. Esta foto esta contida na
obra: A fotografia no Brasil - 1840- 1900 Rio de Janeiro FUNARTE -1985 - Pg 180.
Esse local foi todo aterrado e onde aparece essa ponte, atualmente há um medalhão de concreto com o símbolo do império de Portugal.
MEDALHÃO COM SÍMBOLO DO IMPÉRIO DO BRASIL
Marco da construção das galerias Pluviais
construídas pelos ingleses. Local onde ficava a ponte sobre o Igarapé do
Espírito Santo - 2005
ESTA MURALHA E ATERRO
DA PRAÇA FORÃO FEITOS NO ANO DE 1881 - SENDO PREZIDENTE DA PROVINCIA ..."
Fotos de Chico Batata
MEDALHÃO DO IMPÉRIO DO BRASIL
ABERTURA DO MARCO
Local onde fica o Medalhão de Concreto que
marca o local exato onde ficava a ponte do igarapé do Espírito Santo e que foi
aterrado, este medalhão é português, há um desenho nele da coroa Portuguesa.
Fotos de Chico Batata
Magnífico resgate da nossa Manaus. Adm. Rogério Camurça.
ResponderExcluirnossa que história!!! Impressionante!!
ResponderExcluirMuito emocionante ter lido este artigo, meus amigos. Para vivenciar uma manaus de antigamente basta ir a um interior do amazonas, Coari, Tefé, Alvarães ...
ResponderExcluirLendo e aprendendo e galgando valores desconhecidos de uma das cidades maravilhosa que Manaus muito show este blogspot.
ResponderExcluirgostei muito! surpreendente!
ResponderExcluirImpressionante... amei, simplesmente magnífico!!!
ResponderExcluirInteressante como aterram e aterram até hj vários igarapés, acredito q deveríamos aprender com a história e não cometer os mesmos erros :/
ResponderExcluirMuito interessante mesmo , um igarapé passava em frente o teatro Amazonas! Muito bom esse artigo e essas galerias demais , queria muito ver de perto
ResponderExcluirNossa! que mais linda rever essas fotos da nossa Manaus antiga. Gosto muito!
ResponderExcluirManaus era uma veneza linda. Cidade completamente banhada por águas, hj todos é poucos os igarapés que cortam a cidade, poluídos, queri mt ver. amaria no dias de hj com os largo e igarapés da cidades existentes...
ResponderExcluirmaravilha conhecer a história da nossa Manaus.
ResponderExcluirgente que história sensacional......com certeza existem varios relatos historico da nossa cidade que ainda faltam ser divulgados
ResponderExcluirSe houvesse um passeio turistico por essas galerias. Ó.....seria muito show. Eu pagava pra ir.
ResponderExcluirTurismo por dentro das galerias não é possível. Mas eu ofereço aulas sobre esses fatos.
ExcluirQueria conhecer por dentro essas galerias :)
ResponderExcluirMedalhão do Império do Brasil. Tem um trecho que está de Portugal. Inclusive, um site que copiou de vocês colocou Portugal duas vezes.
ResponderExcluirsério ? nunca vejo essas publicações, mas obrigada por nos falar
Excluirmuito interessante, por isso a águas pluviais alagam muitas ruas da cidade, porque os igarapés enchem e não tem como as águas escorrerem mais rápido ate que os níveis de água dos igarapés baixem
ResponderExcluirMas que eu saiba a Eduardo Ribeiro passa ao lado da matriz e não na frente. Ta errado o comentário nessa foto da frente da igreja.
ResponderExcluirO nome do presidente da Província, à época, que está escrito no medalhão de entrada é Sátiro de Oliveira Dias. 1881-1882
ResponderExcluirEu quero ver esse medalhão será que eu posso.
ResponderExcluirEu quero ter a permiação de ver o medalhão. Acho que algo histórico não pode está escondido. Eu admiro a história de Eduardo Ribeiro mais nao sei o que levou a construção de aterrar,acredito que poderia sim ter feito um projeto que deixasse a vista o medalhão pra todos ver.
ResponderExcluirUma viagem no tempo!
ResponderExcluirExcelente trabalho de pesquisa!
Parabéns!
Grande história!!
ResponderExcluirFico a pensar: como seria o Centro de Manaus se em vez de aterro, canalizassem o igarapé sem torná-lo esgoto. Alias, canalização de todos os igarapés que adentravam a cidade de Manaus. A bem da verdade, acho que todos estariam poluídos, como se encontram hoje os igarapés do Mindu, Educandos e São Raimundo/São Jorge...
ResponderExcluirEu cheguei a presenciar a enchente do igarapé sa Av 7 de setembro. Hoje lendo essa matéria, passei a entender sa onse surgia tanta água.
ResponderExcluirMuito interessante e importante ao moradores de Manaus.
Acredito que muitos como wu nqo sabiam do motivo do alagamento do centro de Manaus.