texto de Joana Queiroz
Documentos sobre os crimes que tiveram grande
repercussão, alguns abalaram e fazem parte da história de Manaus, assim como
fotografias, armas antigas usadas para cometer crimes, pertences e acessórios
de magistrados, além de equipamentos como motosserras, estão sendo catalogados
para integrar o acervo do terceiro Museu do Crime do Brasil e o primeiro da
Região Norte. O novo museu está sendo criado pelo Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJ-AM).
A ideia é colocar todo este acervo em um
espaço próprio no TJ-AM e deixa-lo aberto para visitação pública para servir
como fonte de pesquisa para estudiosos. Para o juiz auxiliar da presidência,
Adalberto Carim Antônio, um dos idealizadores do museu, o espaço vai resgatar
um pouco da história da instituição que presta relevantes serviços à sociedade.
As primeiras peças para o Museu do Crime já
foram catalogadas. São 20 armas antigas. Elas foram entregues ao Parque
Regional de Manutenção da 12ª região Militar do Exército Brasileiro, para serem
inutilizadas. São espingardas, pistolas, garruchas e até submetralhadoras. Além
de serem inutilizadas, as armas serão restauradas.
Entre as armas que estão catalogadas estão
desde uma pistola da marca Lugher, de fabricação alemã, usada na 1ª Guerra
Mundial, até as de fabricação caseira feitas por ferreiros da periferia. Essas
começaram a aparecer na década de 90 com o surgimento das gangues de rua. “São
armas que hoje não se usam mais, mas que chamam a atenção, principalmente para
colecionadores”, afirmou Adalberto Carim.
Santa Etelvina
Processos criminais que foram destaques ao
logo da história da Justiça do Amazonas também vão fazer parte do acervo do
Museu do Crime. Um destes é o da morte da menina Etelvina Alencar conhecida
hoje como “Santa Etelvina” e que dá nome a um dos bairros da Zona Norte de
Manaus.
Segundo levantamento de historiadores da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o crime aconteceu no ano de 1.845. Ela
foi estuprada e assassinada a pauladas. O corpo foi encontrado cinco dias
depois em perfeito estado e há quem diga que ela faz milagres.
Grande repercussão
Processos que ficaram conhecidos, como o do
“caso Delmo” ocorrido em 1952, também estarão no museu. Delmo foi executado com
requintes de crueldade por um grupo de taxistas motivados pelo sentimento de
vingança. Delmo havia sequestrado e matado um colega dos motoristas. O processo
teve mais de 40 réus e mobilizou a sociedade amazonense, com repercussão
inclusive na revista Cruzeiro.
Outro caso cujo processo será catalogado para
integrar o acerto é o que investigou a morte de um adolescente ocorrido no
final da década de 70. O autor era um suposto homossexual identificado como
Wallace que depois do crime passou a ser chamado de “Monstro da Colina”. O
crime aconteceu no bairro do São Raimundo, Zona Oeste, nas proximidades do
estádio da Colina.
Casos Fred, Rebecca, Oliva e Colina
A história de outros crimes famosos, como o
da estudante Carmem Rebeca, ocorrido na década de 70 vai estar no museu que o
Tribunal de Justiça do Amazonas está preparando. Estudante do Colégio
Auxiliadora, Carmem Rebecca foi estuprada e assassinada pelo padrasto,
identificado como “Lôbo”.
Outro caso rumoroso é o da morte do menino
Jairzinho cujo corpo foi encontrado no quintal da igreja de São Francisco, no
bairro do mesmo nome, há poucos metros da janela do quarto do pároco. Jairzinho
foi estrangulado com um torniquete e o assassino ainda jogou ácido sobre o
corpo dele para evitar que o cheiro forte fosse sentido por quem frequentava a
igreja.
Um outro caso que vai se tornar peça de museu
é o da família do empresário do ramo de transporte Oliva Pinto. Quatro membros
da família dele foram assassinados enquanto jantavam em um casarão localizado
na Vila Municipal, Zona Centro-Sul.
Peças de inquérito da série de mortes que
começou com o assassinato da universitária Daniela Damasceno em 2001 que ficou
conhecido como “caso Fred” também estão sendo catalogadas para comporem o
acerto, que vai contar ainda com itens como balaclavas e máscaras usadas por
criminosas para praticar crimes em várias zonas de Manaus.
Sei não, mas a data do crime da Santa Etelvina está errado.
ResponderExcluirMOSANI SANTIAGO
Correto. A morte de Etelvina aconteceu no ano de 1901 ou 1905. E dias depois do crime a encontraram junto com seu algoz, somente as ossadas dos dois.
ExcluirO caso Rebecca foi no inicio dos anos
ResponderExcluiroitenta, na praça 14.
os últimos casos nunca ouvi, vcs podiam escrever sobre eles qualquer hora.
ResponderExcluirFaçam uma publicação sobre o caso do José Osterne de Figueiredo.
ResponderExcluirtem tudo no blog do durango duarte !
ExcluirSanta Etelvina 1901 por um homem da mesma cidade dela e que era apaixonado por pela mesma na época ela tinha 17 anos.
ResponderExcluirSanta Etelvina 1901 por um homem da mesma cidade dela e que era apaixonado por pela mesma na época ela tinha 17 anos.
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