Para
pagãos : Sanhaim
Para
ateus: apenas memórias
Para
todos: um único sentimento de amor e saudades eternas.
Eu
perguntei qual praça antes de construída já foi cemitério.
A
verdade é que várias praças em nossa cidade foram erguidas sobre
cemitérios.
Vamos
começar a falar sobre alguns de nossos cemitérios mais antigos e
históricos, tão antigos que já não existem mais, porém a cidade
manauara ainda guarda vestígios dos séculos passados.
A
primeira imagem mostra um local cheio de mato, no canto esquerdo
podemos ver uma ponta de cerca provavelmente construída em madeira.
O
local da segunda foto é onde foi erguida a atual igreja dos
remédios. A cruz que aparece é justamente o ponto de entrada do
cemitério dos remédios.
As
próximas imagens desse álbum mostram a vista de um descampado e ao
fundo a primeira igrejinha dos remédios.
Em
seguida as fotos demonstram evolução da praça dos remédios.
É
importante pensarmos que até a primeira metade do século XIX,
Manaus ainda não possuía um cemitério adequado.
Falo
de adequação. Covas espalhadas por descampados tínhamos muitas.
O
presidente da Província, Herculano Ferreira Penna, em outubro de
1853, enviou mensagens explicando as necessidades básicas de se
construir um local próprio para inumação.
Principalmente
porque vivíamos períodos de epidemias e a medida exigia certa
urgência.
Em sua mensagem o presidente explicava que caso não fossem tomadas as medidas cabíveis, as inumações continuariam sendo feitas desordenadamente entorno do largo da Trincheira e nas imediações da igreja dos Remédios – locais desprovidos das mínimas condições possíveis – em covas rasas e à mercê dos animais que por ali circulavam.
Em sua mensagem o presidente explicava que caso não fossem tomadas as medidas cabíveis, as inumações continuariam sendo feitas desordenadamente entorno do largo da Trincheira e nas imediações da igreja dos Remédios – locais desprovidos das mínimas condições possíveis – em covas rasas e à mercê dos animais que por ali circulavam.
Após
acordo entre a presidência da Província, a chefatura de Polícia e
o vigário da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, aquele
administrador provincial mandou que se cercasse a área próxima ao
templo para que o local passasse a servir de necrópole pública até
que a Província pudesse providenciar um campo santo em local
apropriado. As obras de adaptação do terreno da igreja ficaram
prontas em 1854.
Com
sua criação, os enterramentos passaram a ser realizados nesse
cemitério, sendo vedadas as inumações nas igrejas e áreas
próximas, como aparece na edição de 24 de junho daquele ano do
jornal A Estrella do Amazonas, onde o juiz de Direito da Comarca,
doutor Manoel Gomes Corrêa, utilizando-se do Código de Posturas
Municipaes, proibiu “enterrar-se cadáveres nos templos, ou átrios
destes, sob pena de ser multado o infrator em vinte mil réis, ou
oito dias de prisão”.
Chamado
de Cemitério dos Remédios – ou da Cruz –, essa necrópole
localizava-se no entorno das ruas da Cruz, atual Leovegildo Coelho, e
dos Andradas.
Em
1856, os sepultamentos nesse local foram encerrados e passaram a ser
realizados no Cemitério São José, hoje extinto.
ESSA GRAVURA MOSTRA A CRUZ COMO ENTRADA DO CEMITÉRIO
ESSE É MEU CONTATO https://www.instagram.com/gisellavieirabraga/
E pensar que eu morei aí na esquina da praça por 11 anos e não conhecia essa história
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