PRESENÇA
NEGRA EM MANAUS
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Nos
últimos
anos, felizmente muitos estudiosos, pesquisadores e historiadores,
nos fizeram um grande favor ao divulgar
pesquisas sobre
a presença
negra em
nossa querida cidade.
Importante
falarmos sobre
isso
nesse dia de consciência e homenagem aqueles que lutam e lutaram
ainda no passado por uma sociedade justa e igualitária
para todos, independentemente
da cor da pele.
Importantíssimo
falarmos do
impacto que
essas pessoas causaram no seio
social manauara.
A
população negra ao lado da indígena foi
importante força de trabalho e como os
indígenas,
também criaram espaços de resistência e luta contra o sistema
escravista.
O
jornal Estrela
do Amazonas de 18 de janeiro de 1859 anunciou a contratação de
trabalhadores e
divulgou pagamento de salário
para os negros que esperavam emancipação
por parte do Estado.
No
início
das obras eram 6 homens negros e ao fim das obras 53.
Esses
homens ajudaram na construção do cemitério São José, enfermaria
Militar,
Palácio
do Governo.
Obras públicas
em geral.
Esse
post é minha singela homenagem as
vivências desses sujeitos em nossa
capital.
O
álbum servirá
como base documental para
as pesquisas de meus alunos e
os
demais estudantes de ensino fundamental, assim como toda a sociedade
que ama história.
São
recortes de jornais,
fotos,
páginas de livros, escrituras. Todas
são fontes
que
de
alguma forma nos permitem
aproximar das vivências desses homens
e mulheres.
VIVA
AO
DIA DE CONSCIÊNCIA NEGRA
A
primeira imagem mostra uma costureira do Atelier Palmira junto com
suas amigas
no estabelecimento.
A
segunda imagem mostra um homem trabalhando no prédio de depósito
de borracha da rua Joaquim Sarmento.
A
terceira mostra um time de futebol formados apenas por 10 negros.
Jogavam sempre desfalcados.
Formado
no começo do século XX, Euterpe Football Club, era um time formado
apenas por negros, teve
grande visibilidade em época
que
o
futebol era esporte da elite. O fardamento do time eram das cores
verde e branca. Na ata de sua fundação, estava registrado que o
Euterpe só aceitaria sócios e jogadores de cor negra.
Quarta
imagem mostra uma menina e um menino não identificados em um estúdio
fotográfico
de George Hubner.
Quinta
imagem mostra nosso ex-governador Eduardo Ribeiro. Nosso mulato.
A
sexta imagem vem demonstrar o documento referente ao 10 de julho de
1884 em exposição no IGHA, o documento está sendo preservado há
135 anos. Ele guarda um dos momentos mais importantes da história de
nosso estado.
Os
demais documentos fazem parte da mesma exposição.
Seguindo
adiante teremos a placa de homenagem ao Quilombo Urbano de Manaus,
localizado na praça 14 de Janeiro e
a coroação da Grio Guguta.
Em
seguida o selo Abolicionistas Precursores que circulou em 1984.
Esse
selo é uma relíquia e foi lançado para homenagear o Centenário da
Abolição da Escravatura no Amazonas ocorrida em 1884, 4 anos antes
da Lei Áurea assinada pela princesa regente do Império do Brasil.
Depois
a placa de identificação da rua 10 de Julho no centro de Manaus,
referente a abolição no Amazonas em 10 de julho de 1884. A
importância dessa data não está somente no processo em si de frear
a entrada ou permanência da escravidão. O foco que devemos dar diz
respeito aos desdobramentos, as portas abertas e a desconstrução de
estereótipos quando se estuda e pesquisa esse fato e seu processo.
Hoje, não cabe mais, por exemplo, negar a existência do negro no
Amazonas como alguns historiadores fizeram no passado.
Quadro
com placa representativo e comemorativo da lei aurea do Amazonas que
fica em das principais entradas de nossa biblioteca pública.
Gravuras
feitas em um muro na rua Gov. Vitorio esquina com a av. 7 de
setembro, ao lado da praça D.Pedro II. Próximo ao "Cabaré
Chinelo" ou hotel Cassina. A gravura marca a localização do
Largo do Pelourinho que aqui existiu entre os anos 1832 e 1855. Local
de castigos e torturas de negros e índios em situação de
escravidão.
A
próxima imagem mostra uma tabela fornecida pelo IBGE do Censo de
1872, tinha cerca de mil ainda escravos, mas a população preta e
parda no geral totalizavam 12% da população, brancos uns 15% e os
outros quase 70% eram classificados como "Caboclos" (
índios e miscigenados de origem indígena).
É importante ressaltar que mesmo com o movimento da maçonaria de combater a escravidão no Amazonas, a presença de escravos é inegável.
É importante ressaltar que mesmo com o movimento da maçonaria de combater a escravidão no Amazonas, a presença de escravos é inegável.
Anúncio
no jornal do Comércio do Amazonas. 5 de março de 1870.
Essa
é uma fotografia do ex-governador da Província do Amazonas.
Theodoreto Carlos de Faria Souto. Foi presidente da província e
lutou por 16 anos pela libertação dos escravos no Amazonas.
Em
1884 assinou o ato apoiado pela esposa Elisa Souto e um grande grupo
de abolicionistas local.
Trechos
do livro Escravidão no Amazonas que mostram escrituras e cartas de
alforria em Manaus. Todos textos retirados de documentos preservados
em cartórios de Manaus.
Por
fim eu deixei a foto de homem e mulher negros fotografados durante a
Expedição Thayer e (1865-1866) precursoras das Teorias Raciais,
desenvolvida entre os anos de 1865 e 1866, por Louis Agassiz, um dos
mais ilustres naturalistas oitocentistas e chefe da Expedição
Thayer.
As
fotos são de Walter Hunnewell, fotografo oficial da Missão Thayer.O
Livro Viagem ao Brasil (1865-1866) e
está disponível para aceso (domínio público). As descrições
apresentam apenas o sexo das pessoas. Supõem-se
que essas fotos
foram feitas
em
uma casa da rua Epaminondas,
mas não tenho certeza dessa informação.
MEU CONTATO https://www.instagram.com/gisellavieirabraga/
PRESENÇA NEGRA EM MANAUS
PRESENÇA NEGRA NO AMAZONAS
ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
ABOLIÇÃO EM 10 DE JULHO DE 1884
Parabéns pela pesquisa e por disponibilizar um conteúdo histórico riquíssimo.
ResponderExcluirPesquisa maravilhosa!
ResponderExcluirO termo ¨nosso mulato¨ referindo-se ao governador é racista.
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