Esse é um álbum das fotografias antropológicas da Expedição Thayer (1865-1866) que foram precursoras das Teorias Raciais, desenvolvida entre os anos de 1865 e 1866, por Louis Agassiz, um dos mais conhecidos naturalistas oitocentistas e chefe da Expedição Thayer.
Essa missão científica produziu uma série fotográfica sobre tipos humanos que habitavam nossa região amazônica e demais regiões brasileiras de clima tropical.
As referidas imagens que retratam negros., índios e mestiços, foram elaboradas com o objetivo de serem apresentados em debates de ciência nos Estados Unidos, de maneira que a teoria estivesse fundamentada e irrefutável.
As fotos foram registradas por Walter Hunnewell, fotografo oficial da Missão Thayer.
O Livro Viagem ao Brasil foi escrito entre (1865-1866) e publicado em 1867, atualmente está disponível para aceso (domínio público).
As descrições apresentam apenas o sexo das pessoas e relatos sobre todas as experiências vividas pelos exploradores cientistas.
As fotos foram registradas em uma casa (declarada pelos membros da expedição) como sendo uma casa na grande estrada de Epaminondas.
Provavelmente esse casarão estava localizado nas proximidades do bairro COSTA DA ÁFRICA, que era um bairro predominante frequentado por pessoas negras e mulatas. Hoje essa localização fica aproximadamente nas proximidades do Hotel Mônaco e Praça da Saudade.
As fotografias foram motivos de escândalo, pois algumas foram feitas em poses nuas, apesar de serem um acinte para a época foram abafadas pelas autoridades de Manaus naquele momento histórico.
Aqueles que põem em dúvida os efeitos perniciosos da mistura de raça e são levados por falsa filantropia a romper todas as barreiras colocadas entre elas deveriam vir ao Brasil”, afirmou o zoó-logo suíço Louis Agassiz (1807-1873) em seu livro A journey to Brazil (1867), escrito a quatro mãos com a mulher, a americana Elizabeth Cary, resultado da visita ao país como líder da Expedição Thayer, entre 1865 e 1866, da qual fizeram parte, entre outros, o futuro filósofo William James (1842-1910) e o geólogo Charles Frederick Hartt, indo do Rio de Janeiro ao Amazonas. Professor da Lawrence School, ramo da Universidade Harvard, e fundador do Museu de Zoologia Comparada da mesma universidade, Agassiz era o mais notável e popular cientista da América do Norte, defensor do criacionismo, do poligenismo, adepto da teoria da degeneração das raças e um opositor feroz do evolucionismo.
O mais intrigante dessa história toda é que chegam até nós as fotos de 1865, com altíssima qualidade, revelando as anônimas e efêmeras pessoas que aqui viveram. Entretanto, não há uma só foto mostrando uma rua, um passeio, uma construção ou uma liderança política da época. Tenho a impressão de que muita coisa foi borrada da nossa História imperial.
ResponderExcluirTalvez não tivesse um censo de preservação histórica como existia nos Estados Unidos.
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